
Foto: Antonio Calado o pai dos chorões
Dia 23 de abril é o Dia Nacional do Choro - homenagem ao nascimento de Alfredo da Rocha Viana o Pixinguinha, maestro, flautista e saxofonista com
domínio técnico e um dom de improvisação encontrados somente nos grandes músicos de Jazz, é considerado o maior flautista brasileiro de todos os tempos, além de um irreverente arranjador e compositor.
É autor de vários clássicos da música Brasileira entre eles
Lamento, Rosa e o internacionalmente conhecido “Carinhoso” que depois recebeu letra de Braguinha, outro grande mestre da música do Brasil.
O musico, compositor e flautista Joaquim Calado amigo de Chiquinha Gonzaga é considerado um dos criadores do Choro, ou pelo menos um dos principais colaboradores para a fixação do gênero, quando incorporou ao solo de flauta, dois violões e um cavaquinho, que improvisavam livremente em torno da melodia. Seu maior sucesso é Flor Amorosa que recebeu letra de Catullo da Paixão Cearense.
O Choro é popularmente chamado de chorinho também conhecido como o Jazz do Brasil, é um estilo de interpretação da música brasileira surgido na década de 1870, com fortes influências dos gêneros musicais europeus como a polca, o schottish, dentre outros muito em voga no século XIX.
É considerado a primeira música popular urbana típica do Brasil, ritmo agitado e alegre, caracterizado pelo virtuosismo e improviso dos músicos participantes normalmente reunidos em Roda de Choro.
Como gênero, só tomou forma na primeira década do século 20.
No início, era apenas uma maneira mais emotiva e chorosa, de interpretar uma melodia, os músicos, compositores ou instrumentistas, são chamados de chorões, os conjuntos que o executam são chamados de regionais.
O nome Choro veio do caráter plangente e choroso da música que esses pequenos conjuntos faziam. A composição instrumental desses primeiros grupos de chorões girava em torno de um trio formado por flauta, instrumento que fazia os solos; violão, que fazia o acompanhamento como se fosse um contrabaixo — os músicos da época chamavam esse acompanhamento grave de "baixaria" e cavaquinho, que fazia o acompanhamento mais harmônico, com acordes e variações.
Entre as principais características originais do choro, reside a capacidade dos músicos de construir improvisos sobre uma melodia.
A formação clássica do choro é:
bandolim, cavaquinho, violões, violão de 7 cordas, flauta e pandeiro.
Chiquinha Gonzaga, Antonio Calado, Zequinha de Abreu, Pixinguinha, Waldir Azevedo, Jacob do Bandolim, Ernesto Nazareth, Patápio Silva,Copinha, Ademilde Fonseca, Altamiro Carrilho e Carlos Poyares entre outros.
Grandes chorinhos:
· “Tico-Tico no Fubá”, de Zequinha de Abreu
· “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo
· “Noites Cariocas”, de Jacob do Bandolim
· “Carinhoso”, de Pixinguinha.
Hoje os grandes divulgadores do choro são, Maria Martha, até Baby do Brasil que arriscou um dueto com Ademilde Fonseca interpretando Brasileirinho, Paulinho da Viola, Paulo Moura, Isaías, Hamilton de Holanda, Hélio Delmiro, Turíbio Santos e também os conjuntos Época de Ouro, Água da Moringa, Trio Madeira Brasil, Premeditando o Breque, Galo Preto, Milton de Mori, Ale Ferreira, João Macacão, Edmilson Capelupi, Zé Barbeiro e muitos outros, mantêm em atividade essa manifestação instrumental popular que os grandes centros urbanos do Brasil produziram e produzem intensamente.
A programação de choro no bairro boêmio da Lapa no Rio de Janeiro é intensa abrindo espaço para grandes nomes da música que mostram seus trabalhos e promovem os novos talentos que aparecem a todo instante.
Abrilhantam a programação nomes como, Yamandu Costa, Hamilton de Holanda, Joel Nascimento, Zé da Velha e Silvério Pontes, Déo Rian...
Em São Paulo Arnaldinho do Cavaco comanda aos sábados 11h o “ Ponto de Encontro do Choro”, Fundado pelo Seu Miguel (In Memorian), na Loja de instrumentos musicais Contemporânea, na Rua General Osório, 46 – Santa Ifigênia – SP. Maiores informações: Tel. 11 3221-8477.
Na Rua do Choro que acontece todo sábado das 15h às 18h na Rua General Osório
Próximo ao Metrô Luz.
Chorinho na Praça Benedito Calixto - Todos os sábados, das 14:30 às 18:30 no bairro de Pinheiros.
O Bar do Arnesto, que ocupa as esquinas da Rua Ministro Jesuíno Cardoso com Athilio Innocenti, oferece aos sábados 12h, um Buffet de Feijoada com uma “roda de choro” comandada pelo saxofonista Thiago França.
Ou seja, tem chorinho pra todo lado e motivo não falta para sair e ouvir boa música e de preferência em boa companhia.
Viva o choro.
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