
Pixinguinha, José Alves de Lima, José Monteiro, Sizenando Santos,
"Feniano", e Duque Sentados: China, Nelson dos Santos Alves e Donga
Oito Batutas em Paris
Na época, a viagem provocou no país um acalorado debate sobre a legitimidade d' Os Batutas – em sua maioria negros, que faziam uma música considerada nacional brasileira – como representantes brasileiros em Paris. Para os envolvidos no debate, Paris não se tratava de uma cidade qualquer, mas a capital cultural do mundo, desde o século XIX referência central para a cultura brasileira, especialmente para as elites (Ortiz, 1991, p. 8; Rial e Grossi, 2000, p. 2). Embora a viagem não fosse uma missão de Estado, o debate tendeu a assim considerá-la.4 No debate em consideração, os argumentos dos "contra" tinham um cunho racista e eurocêntrico, desqualificando a música nacional como provinciana e de baixa extração. Os "pró" enalteciam a competência dos músicos e a natureza indígena de sua música.5 A literatura dos anos de 1970 descreve as apresentações do grupo em Paris como muito bem-sucedidas, considera o contato com os músicos norte-americanos fértil e qualifica a volta do grupo ao Brasil, que iria participar das festividades do primeiro centenário da Independência no Rio de Janeiro, como triunfante.
Adorei seu blog. Muitas informacoes de importancia cultural.
ResponderExcluirClara Joaquina.